A próxima sexta-feira, 10 de novembro, é o Dia Nacional de Mobilização dos trabalhadores. Para a data, o Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de Pelotas (Asufpel) e o Sindicato dos Professores da UFPel (Adufpel) definiram paralisação geral das categorias. Contra a retirada de diretos de carreira e a reforma trabalhista, a Asufpel já deflagrou greve por tempo indeterminado a partir de sexta. Servidores da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) também aderiram aos atos do dia 10, com panfletagens na cidade e atos em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Cpers.

Em Pelotas, a Asufpel e a Adufpel realizam assembleia nesta terça-feira para mobilizar professores e técnico administrativos para os atos de sexta. A coordenadora da Asufpel, Maria Tereza Fujii, destaca ainda uma nova reunião, nesta quarta, para determinar as diretrizes da greve da categoria. O temor é de que as medidas do governo federal atinjam diretamente a UFPel.

“Temos a informação de que a empresa que presta o serviço terceirizado à universidade já está em negociação para a demissão voluntária dos funcionários, assim retirando os direitos trabalhistas em uma nova negociação de contratação. Ainda há a Medida Provisória (MP) 805, que retira direitos dos professores, e existe o medo de que seja lançada outra MP contra os técnicos”, diz Maria Teresa. No Rio Grande do Sul, servidores da UFSM deflagaram greve, enquanto na UFRGS uma assembleia deve acontecer ainda nesta semana. Na Furg, o sindicato anunciou que participará das manifestações de 10 de novembro, mas não haverá greve, pelo menos a princípio.

Sobre a MP 805, a presidente da Adufpel, Fabiane Tejada, explica que professores já começaram a conversar sobre atos de defesa aos direitos. A principal queixa é com o congelamento de salários até 2019 e o aumento da alíquota de pagamento do INSS. “Queremos destacar a importância da unidade dos servidores federais. Definimos no dia 17 de outubro pela paralisação geral na sexta-feira. Não descartamos possibilidade de greve, mas ainda não temos nada encaminhado”. A tendência é que após os atos do dia 10, uma assembleia seja convocada para tratar do assunto.

Dia Nacional de Movimentação
Em Pelotas, a Asufpel tem dois atos marcados para o dia 10. Às 14h um abraço à justiça de trabalho, que segundo a coordenadora Maria Tereza será o principal alvo da Reforma Trabalhista, e a participação no ato público dos servidores federais, às 16h, ainda com local indeterminado.

Em Rio Grande, às 7h30min ocorrerá panfletagem dos servidores em frente ao Campus Carreiros. Às 9h, haverá no auditório da APTAFURG uma assembleia para fazer o acompanhamento do movimento nacional. No turno da tarde, a partir das 14h, a atividade será no Largo Dr. Pio em conjunto com o Cpers. Durante as atividades serão coletada assinaturas para o plebiscito proposto pela CUT, contra a Reforma Trabalhista.

A Reforma Trabalhista entra em vigor no sábado, dia 11 de novembro. Recheada de polêmicas, ela foi criticada tanto por sindicatos trabalhistas quanto pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), que lançou um enunciado com críticas a 100 pontos do texto.